A afetividade e a auto-estima nas relações pedagógicas
Observa-se, que a afetividade está presente em todas as principais decisões de ensino assumidas pelo professor, marcando profundamente a qualidade dos vínculos que serão estabelecidos entre sujeito e objeto de conhecimento.
A hipótese que se defende, portanto, é a de que a qualidade da relação que se
estabelece entre sujeito e objeto é também de natureza afetiva e depende da qualidade da história de mediações vivenciadas pelo sujeito em relação a este objeto, no seu ambiente cultural, durante sua história de vida, em especial a escolar.
.
A afetividade também se expressa através de outras dimensões do trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula. Segundo Leite e Tassoni (2002, p.13) “(...) é possível afirmar que a afetividade está presente em todos os momentos ou etapas do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, o que extrapola a sua relação com o aluno.”
Com isso, as dimensões afetivas não podem mais ser ignoradas e devem ser
consideradas pelos professores no planejamento educacional, já que a qualidade
das decisões assumidas por eles tem repercussão marcadamente afetiva e consiste
no diferencial que pode transformar a experiência de aprender em uma interação de
sucesso ou de fracasso.
O afeto exerce papel fundamental na atividade humana e isso faz uma grande diferença no mundo de uma criança ou adolescente, desde os apaixonantes banquinhos da escolinha às temidas bancas das pós-graduações. Sem afeto não haveria interesse, necessidade ou motivação. Conseqüentemente, perguntas nunca seriam feitas e problemas nunca seriam investigados. A afetividade é uma condição necessária na constituição da inteligência, desde a mais tenra idade. Piaget (1962) ressalta que, na relação entre inteligência e afeto, este produz ou pode produzir o desenvolvimento de importantes estruturas cognitivas, tão necessárias na construção dos saberes. Alerta, ainda, que a condição do afeto pode retardar ou acelerar a formação de tais estruturas. Assim, é inquestionável a valorização do afeto na criança em início de escolarização, uma vez que vai coadjuvar na fundação dos pilares da sua auto-estima, considerando-se a qualidade das interações, enquanto “dimensão mais diretamente observável e acessível da relação: as trocas comportamentais entre os agentes sociais
Sou professora há seis anos, amo o que faço e acho que isso está acima de tudo: gostar do que se faz e fazer com amor para ter sucesso e superar os fracassos.
Trabalho no interior do município, com crianças carentes e sou apaixonada por eles, não consigo me ver fazendo outra coisa.
Já presenciei pessoas sem afeto, inconformadas com o emprego, que só são professoras por não poderem fazer outra coisa e vejo que isso afeta diretamente a vida das crianças e a sua própria vida. Essas pessoas precisam urgentemente mudar de profissão, já que não aprenderam a gostar do que fazem.
Também dou aula de educação religiosa e procuro ser um exemplo, colocando nos meus alunos auto-estima e incentivando-os a sonharem, pois só quem sonha é que vai a luta, que progride na vida, que luta por seus objetivos e não desiste de seus ideais.
Joelma Folgiarini.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
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Um comentário:
Joelma, certamente a afetividade deve estar presente em nosso trabalho, pois através dela poderemos levar o aluno a uma aprendizagem efetiva. Onde existe uma relação de cumplicidade, amizade, parceria ,os laços tornam-se sólidos, o aluno aproxima-se do professor vendo-o com os olhos da alma, sabe que este será seu porto seguro seja qual for a direção que ele resolva tomar.
Seu texto está ótimo, mas acredito que colocaste o título errado, não seria Atividade 2- Writer.
Margarete Curto Schütz
NTE- Cachoeira do Sul
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